Os motoristas que usam a rodovia Mogi-Dutra diariamente já estão calculando quanto vão gastar com pedágio. Na terça-feira (16), aconteceu o leilão para a concessão da rodovia, que vai cobrar tarifas dos usuários da Mogi-Bertioga e da Padre Manuel da Nóbrega também. O Consórcio Novo Litoral ganhou o leilão.
Jonas Alves de Mello Ferraz, que trabalha em Arujá saindo de Mogi das Cruzes de segunda a sexta há 14 anos, já está pensando em como o pedágio na Mogi-Dutra vai afetar seu orçamento. Ele está considerando rotas alternativas, mas ainda não encontrou uma solução ideal.
“Vou ter que mudar minha rota com certeza. Estou pensando em passar por Suzano e Itaquaquecetuba, mas isso vai me fazer gastar mais tempo e provavelmente mais combustível. Vou precisar fazer um teste no dia a dia para ter uma ideia melhor”.
O Consórcio Novo Litoral foi o vencedor do leilão para a concessão das rodovias que conectam os municípios do Alto Tietê à Baixada Santista e ao Vale do Ribeira, recebendo um pagamento anual de R$ 179 milhões para operar, manter e investir não apenas na Mogi-Dutra, mas também na Mogi-Bertioga e na Padre Manuel da Nóbrega.
O sistema de pedágio escolhido é o free flow, que cobra as tarifas automaticamente por meio de tags instaladas nos veículos. Em vez de praças de pedágio, serão instalados pórticos com sensores a laser e câmeras para identificar os veículos. As tarifas variarão de R$ 1 a R$ 6, dependendo do trecho percorrido.
Com esse avanço do governo estadual em direção à implantação do pedágio na região, o prefeito de Mogi das Cruzes, Caio Cunha (Podemos), destacou como a cidade será afetada por essa medida. Para ele, a luta ainda não acabou e muitas coisas podem acontecer.
